"Demasiadamente humana..."
A poesia na terra do caos vem sublime com tons de desencanto num mundo coberto por falsos encantos. Há um canto que assusta e fascina, vem com sangue, suor e sentimento de quem vê, vive e sente o mundo e suas coisas, humanamente. Descortina o grande cenário do mundo, que não dá importância para o gênero humano. Sem ser mistificada, surge com a substância do realismo impactante do mundo contemporâneo. O tempo é agora, o cenário é aqui, onde quer que se ouça essas notas. E é quase isso que dá forma a esse conteúdo criado com técnica e coração.
É todo um corpo de poesia que se faz música. Se a máquina do mundo quer equalizar todo ser humano em soldados do sistema, a metáfora da poesia dessas canções quer tocar o núcleo fundamental de cada ser que necessita consciente ou inconscientemente dessa arte poética.
Carrega consigo a melodia dos passos que vem e vão; das vozes caladas; dos olhos cansados e sonhadores; e do ritmo que embala algum lugar da memória dos verdadeiros poetas, anônimos ou escancarados, nos cantos da cidade.
Das notas dessas formas poéticas emana um protesto lírico e prosaico, cuja matéria reflete o mundo em versus, no qual, entre abismos e canções, tanta marcha em guerras, tantas procissões e sonhos, a poesia prevalece e canta e se espalha nessa obra de arte demasiada humana do Karmas & DNA.